É permitido bater palmas na Missa?
Você sempre quis saber se na Missa é permitido bater palmas? Então leia o artigo e você vai descobrir o que ensina a Igreja Católica sobre o assunto.
Missa de frente para o povo?
Nesse artigo Joseph Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI, refuta todos os argumentos em favor da Missa de frente para o povo. Leia o que ele disse.
O que não te contaram sobre as Orações Eucarísticas
O Missal anterior possuia apenas uma Oração Eucarística. Você sabe de onde vêm as outras? Leia a descubra.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Cardeal Burke pede que fiéis escrevam ao Papa falando sobre a Comunhão aos divorciados
01:18
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O
cardeal Raymond Burke participou em 15 de novembro em um congresso sobre o
matrimônio e a família em Limerick (Irlanda), organizado por Catholic Voice, um semanário católico
criado em 2009. Em sua intervenção diante os trezentos participantes, o cardeal
pediu que o Sínodo se dedicasse a promover o ensinamento da Igreja sobre o
matrimônio e rechaçou que se permitissem receber a Comunhão os divorciados em
nova união cujo matrimônio não havia sido declarado nulo.
(Infocatólica) O
Cardeal assegurou que "se o matrimônio é indissolúvel e alguém está
vivendo em um estado que contradiz a indissolubilidade do matrimônio, não
entendo como pode permitir-se que receba a sagrada Comunhão". Nesse
sentido, pediu aos fiéis católicos que escrevessem ao Papa Francisco e aos
representantes da hierarquia irlandesa no Sínodo para expressar sua opinião.
A
este respeito, o Cardeal afirmou que os temas da Comunhão para os divorciados
em nova união, a convivência extramatrimonial e o matrimônio do mesmo sexo
devia retira-se dos temas tratados pelo Sínodo. "Inclusive dentro da
Igreja há alguns que queriam obscurecer a verdade da indissolubilidade do
matrimônio em nome da misericórdia."
A
Relatio provisória não citava
consistentemente o Magistério.
Também
recordou que a Relatio provisória
deixou "atrativamente clara a gravidade da situação", e que
"carecia praticamente de qualquer referência consistente do
Magistério" e constituía um "novo enfoque dos temas fundamentais da
sexualidade humana na Igreja, um enfoque que constitui uma ruptura completa da
Tradição da Igreja".
Na
relação com as pressões do lobby gay, assinalou que a "sociedade chegou
ainda mais longe em seu afronte a Deus e sua lei ao aplicar o nome de
matrimônio às uniões entre pessoas do mesmo sexo". Também indicou que ele
não daria a Comunhão a um político católico que tivesse votado a favor do
matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
Nesse
sentido, explicou que ele não chama matrimônio tradicional a uma união entre um
homem e uma mulher. "Minha resposta é: acaso há outro tipo de matrimônio?
Temo que usar essa terminologia dá impressão que cremos que há outros tipos de
matrimônios. Não é assim."
Também
criticou a ideologia de gênero e a mentalidade anticonceptiva. A seu juízo,
essa mentalidade é a causadora da "devastação" produzida pela
"indústria multimilionária da pornografia". Do mesmo modo, advertiu a
"profunda infelicidade" e a "falta de esperança" que estas
coisas provocam e do perigo que supõe a introdução desse "pensamento
corrupto" nos colégios. "Estamos imersos em uma grande luta, que
golpeia o próprio coração da Igreja", assinalou.
Fonte:
Infocatolica.com. Tradução com modificações.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
A apostasia do Concílio de Trento
00:38
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A
apostasia do Concílio de Trento
O escandaloso título é apenas uma
sátira para demonstrar o absurdo que alguns tradicionalistas facebokianos
trazem na boca ao afirmarem a apostasia de um Concílio legítimo. Afirmam sem
papas na língua que o Concílio Vaticano II apostatou a fé católica por convidar
protestantes para as sessões do mesmo. Ledo engano!
Faltou-lhes a dedicação de ir ler o que
a Igreja fez nos concílios precedentes. Não pretendo discutir a legitimidade desses convites, mas
apenas demonstrar que se o Vaticano II é apóstata também o é Trento!
Deixemos de enrolação. Confira abaixo o
que nos diz o Concílio Tridentino.
____________________________________________________
SESSÃO XIII
CAPÍTULO VIII
Decreto da prorrogação da
definição de quatro artigos do Sacramento da Eucaristia e do Salvo-conduto que
se há de dar aos protestantes.
“Desejando o mesmo Concilio arrancar do campo do Senhor todos os
erros que têm brotado acerca deste Santíssimo Sacramento da Eucaristia, e
cuidar da salvação de todos os fiéis, havendo exposto na presença de Deus Onipotente
todos os dias suas piedosas súplicas; entre outros artigos pertinentes a este
Sacramento, tratados com a mais fiel investigação da verdade católica, depois
de muitas e diligentíssimas controvérsias, segundo a gravidade da matéria, e
ouvidos as sentenças dos teólogos mais insignes, tratou o seguinte. Primeiro:
Si é necessário para obter a salvação, e está mandado por direito divino que
todos os fiéis cristãos recebam o mesmo venerável Sacramento, debaixo de ambas
as espécies. Segundo: Se recebe menos o que comunga debaixo de uma única
espécie, que o que comunga com as duas. Terceiro: se a Santa Mãe Igreja errou dando
a comunhão debaixo somente da espécie de pão aos leigos e aos sacerdotes que
não celebram. Quarto: se deve-se dar também a comunhão aos meninos. E quanto
aos que se chamam protestantes, que vivem na nobríssima província da Alemanha,
desejam que os ouça o Santo Concilio sobre estes mesmos artigos, antes que se
defina, e por isso, pediram um salvo-conduto para poderem vir e morar nesta
cidade com segurança, livremente dizer e
propor na presença do Concílio o que sentem, e depois, retirar-se quando
quiserem; o mesmo Santo Concilio, posto que esperasse por muitos meses
anteriores com grande desejo sua chegada; no entanto, como Mãe piedosa, que
geme e pare, desejando e trabalhando para que não haja cismas algum entre aqueles
que tem o nome de cristãos , assim como todos
conhecem o mesmo Deus e Redentor, mas assim também digam o mesmo, creiam o
mesmo, e façam o mesmo, confiando na misericórdia de Deus, esperando que eles
sejam reduzidos a santíssima e saudável concórdia de uma fé, esperança e
caridade, condescende com eles nesta matéria, lhes deu e concedeu, na parte em
que compete, a segurança e fé pública que pediram, ao que se chama
salvo-conduto, do teor abaixo referido, e, por causa deles demorou-se a
definição daqueles artigos para a segunda Sessão, a qual publicou para o dia da
Festa da Conversão de S. Paulo, que seria 25 de janeiro do ano seguinte, a fim
de que eles possam tranquilamente estar presentes. Além disso, estabeleceu-se
que se trate na mesma sessão do Sacrifício da Missa, pela relação que existe
entre ambas as matérias. Entretanto, na próxima sessão se tratará dos
Sacramentos da Penitência e Extrema-Unção. Determinou-se, pois que ela se
celebre no dia festivo de Santa Catarina, virgem e mártir, que será a 25 de
novembro, e que em ambas as sessões se continue a matéria da Reforma.”
Salvo-conduto concedido aos
Protestantes
“O Sacrossanto Geral Concílio Tridentino, legitimamente congregado
com a assistência do Espírito Santo, presidindo nele os mesmos Legados e
Núncios da Sé Apostólica, concede fé pública e inteira segurança a que chamam
de Salvo-conduto, com todas e cada uma das cláusulas e decretos necessários e
oportunos, ainda que seja necessário exprimir de forma particular e não por
termos gerais, a todas e cada uma das pessoas, sejam eclesiásticas ou
seculares, da Alemanha e toda qualquer região, estado, condição e qualidade que
sejam, que quiserem chegar a esse Ecumênico e Geral Concílio, para que possam,
com toda a liberdade, conferir, propor e tratar sobre as matérias que no mesmo
Concílio se deve tratar; e ao mesmo Concílio Ecumênico vir livre e seguramente,
ficar, demorar-se nele e apresentar seja por escrito ou verbalmente os artigos
que quiserem e debaterem com os Padres ou com aqueles que o mesmo Santo
Concílio escolher, sem injúrias nem ultrajes, e irem embora quando quiserem. Além
disso, pareceu ao Santo Concílio, que para sua liberdade e segurança se
deleguem Juízes privados, tanto para os delitos cometidos, como para os que
possam ocorrer, ainda que os delitos sejam os mais enormes e cheirem a heresia,
nomeiem pessoas que sejam benevolentes.”
(Sacrosancti Ecumenici et Generalis Concilii Tridentini, Paulo III,
Iulio III et Pio IV, Canones et decreta, 1868, Des Hochheiligen okumenischen
und allgemeinen, pag. 65-66)
____________________________________________________________________
Àqueles que estiverem duvidando da
tradução, deixo-lhes o original em latim a fim de não me julgarem por
desonesto. Se acaso há erro na tradução, favor contatar-me.
“Eadem Sancta Synodus
errores omnes, qui super hoc Sanctissimo Sacramento repullularunt, tamquam
vepres ex agro Dominico evellere, ac omnium fidelium saluti prospicere cupiens,
quotidianis precibus, Deo omnipotenti pie oblatis, inter alios, ad hoc
sacramentum pertinentes articulos, diligentissima veritatis catholicae
inquisitione tractatos, plurimis, accuratissimisque pro rerum gravitate
disputationibus habitis, cognitis quoque praestantissimorum theologorum
sententiis, hos etiam tractabat. An necessarium sit ad salutem, et divino iure
praeceptum, ut singuli Christi fideles sub utraque specie epsum venerabile
sacramentum accipiant. Et: Num minus sumat, qui sub altera, quam qui sub
utraque communica. Et: An erraverit Sancta Mater Ecclesia, laicos, et non
celebrantes sacerdotes, sub panis specie dumtaxat communicando. Et: An parvuli
etiam communicandi sint. Sed quoniam ex nobilissima Germaniae provincia ii, qui
se protestantes nominant, super his ipsis articulis, antequam definiantur,
audiri a Sancta Synodo cupiunt, et eam ob causam fidem publicam ab illa
postularunt, ut ipsis tuto huc venire, et in hac urbe commorari, ac libere
coram synodo dicere, atque proponere, quae senserint, et postea, cum libuerit,
recedere liccat; Sancta ipsa Synodus, licet magno desiderio eorum adventum
multos antea menses expectarit, tamen, ut pia Mater, quae ingemiscit, et
parturit, summopere id desiderans, ac laborans, ut in iis qui christiano nomine
censentur nulla sint schismata, sed quemdmodum eumdem omnes Deum et Redemptorem
agnoscunt, ita idem dicant, idem credant, idem sapiant, confidens Dei
misericordia, et sperans fore, ut illi in sanctissimam, et salutarem unius
fidei, spei, charitatisque concordiam refigantur, liventer eis in hac re morem
gerens, securitatem, et fidem, ut petierunt, publicam, quam salvum conductum
vocant, quo ad se pertinet, eius, qui infrascriptus erit, tenoris, delit, arque
concessit: et eorum causa definitionem illorum articulorum ad secundam
sessionem distulit, quam, ut illi commode ei interesse possint, in diem festum
conversionis divi Pauli, qui erit XXV die mensis ianuarii anni sequentis,
indixit. Illudque praeterea satuit, ut in eadem sessione de Sacrificio Missae
agatur, propter magnam utriusque rei connexionem. Interea sessione proxima de
poenintentiae, et extremae unctionis sacramentis tractandum. Illam autem die
festo divae Catharinae virginis, et martyris, qui erit XXV novembris, habendam
esse decrevit, simulque, ut in atraque materiam reformationis prosequatur.”
“Sacrosancta et Generalis
Tridentina Synodus, in Spiritu Sancto legitime congregata, praesidentibus in ea
eisdem Sancta Sedis Apostolicae legato, et nunciis omnibus, et singulis, sive
ecclesiasticis, sive saecularibus personis universae Germaniae, cuiuscumque
gradus, status, conditionis, et qualitatis sint, quae ad oecumenicum hoc, et
Generale Concilium accedere voluerint, ut de iis rebus, quae in ipsa synodo
tractari debent, omni libertate conferre, proponere, et tractare ac ad ipsum
Oecumenicum Concilium libere et tuto venire, et in eo manere, et comorari, ac
articulos, quot illis videbitur, tam scripto, quam verbo offerre, proponere, et
cum patribus, sive iis, qui ab ipsa Sancta Synodo delecti fuerint, conferre, et
absque ullis conviciis, et contumeliis disputare, nec non, quando illis
placuerit, recedere possint, et valeant, publicam fidem, et plenam securitatem,
quam salvum conductum appellant, cum omnibus, et singulis clausulis, et
decretis necessariis, et opportunis, etiam si specialiter, et non per verba
generalia exprimi deberent, quae pro expressis haberi voluit, quantum ad ipsam
Sanctam Synodum spectat, concedit. Placuit praeterea Sanctae Synodo, ut, si pro
maiori libertate, ac securitate eorum, certos, tam pro commissis, quam pro
committendis per eos delictis, iudices eis deputari cupiant, illos sibi
benevolos nominent, etiam si delicta ipsa quantumcunque enormia ad haeresim
sapientia fuerint.”
(Sacrosancti
Ecumenici et Generalis Concilii Tridentini, Paulo III, Iulio III et Pio IV,
Canones et decreta, 1868, Des Hochheiligen okumenischen und allgemeinen, pag.
65-66)
Até
a próxima. Paz e bem!
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Papa Francisco condena a união gay
20:15
Regozija-te com a Verdade
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Papa Francisco
condena a união gay
“Qui autem
scandalizaverit unum de pusillis istis, qui in me credunt, expedit ei, ut
suspendatur mola asinaria in collo eius et demergatur in profundum maris.”
(Matthaeum 28, 6)
Ai
daquele que escandalizar aqueles que creem em Jesus, na Santa Igreja Católica, seria
melhor que atassem uma pedra de moinho no pescoço e se lançassem ao mar! Estamos
todos acompanhando o que o Mass Media vem vinculando a respeito do Sínodo dos
bispos sobre a Família.
Segundo
os meios seculares, a tendência do Sínodo é o de alterar a doutrina católica,
intocável até hoje, sobre o casamento com fins de união e procriação, conforme a
Sagrada Escritura estabelece tanto no Antigo como no Novo Testamento. Estão, no
entanto, colocando asas em bois, atribuindo afirmações de prelados particulares
ao Santo Padre. Após ler o artigo perceber-se-á que a mídia amarrou o seu
cavalo em toco de amarrar jegue.
A
mentira tem perna curta! Existe uma ciência pouco usada pela mídia que
esclarece muitas das “fofoquices”
ideológicas da mídia, talvez não querem fazer uso dela propositalmente,
suponho, esta ciência é chamada de história! Sim, esta mesma! Quiçá, eles leiam
a história, entretanto a única página deste inaudito livro somente possui uma
página, tratando da inquisição, é evidente.
Mais: Baixe GRATUITAMENTE o livro que contém centenas de frases do Papa Francisco
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Um
breve estudo da história e discursos de Jorge Mario Bergoglio, atual Papa
Francisco, refuta as balelas
inventadas pela mídia. Postarei parte do conteúdo do precioso ebook que estou
desenvolvendo sobre a fé do Bergoglio com mais de 100 temas diferentes! Aguarde
o ebook completo que será postado neste blog gratuitamente. Parte do conteúdo é
o que proponho aos leitores.
[ATUALIZAÇÃO: O livro já está disponível gratuitamente em nosso Blog. Poderá ser baixado no link acima]
[ATUALIZAÇÃO: O livro já está disponível gratuitamente em nosso Blog. Poderá ser baixado no link acima]
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Para
Bergoglio a família é a célula no qual a sociedade está apoiada, mas não
somente isso, a distinção de funções dentro da família é importante para uma
reta hierarquia.
“Os papéis de paternidade, maternidade,
filho ou filha, irmão ou irmã, são a base de qualquer sociedade, e sem eles
toda a sociedade perderia consistência e se tornaria anárquica.” (Parish
and Family, 18 de janeiro de 2007)
“Muitos
nas sociedades modernas tendem a considerar
e defender os direitos do indivíduo, o que é muito bom. Mas não por isso se
deve esquecer a importância que tem para a sociedade – cristã ou não – os
papeis básicos que se dão somente na família
fundada no matrimônio. Papel de paternidade,
maternidade, filiação e irmandade que estão na base de qualquer sociedade e
sem os quais toda sociedade vai perdendo consistência e se tornando anárquica.” (Bergoglio, Mensagem
dada em Roma, 18 de janeiro de 2007)
Não
há muito o que explicar sobre a necessidade da base familiar, fundada na união
natural, para a sobrevivência da humanidade, basta dois neurônios (estou
exigindo demais dos esquerdistas, sim eu sei) para compreender este fato que é
tão incontestável como o de que Papai Noel não existe.
“A
família é o centro natural da vida humana.” (Parish and Family, 18
de janeiro de 2007).
“A família é importante, é necessária para a sobrevivência da humanidade. Se não
existe a família, a sobrevivência cultural da humanidade corre perigo. É a base, nos apeteça ou não: a família.”
(Papa Francisco, entrevista à Rádio da Arquidiocese do Rio
de Janeiro, 27 de julho de 2013)
A
razão natural do casamento não é argumento, mas um fato. Com fatos não há
argumento. Não obstante, há ainda a fundamentação mais elevada do que a
natural, isto é, a divina, nos diz o Papa Francisco.
“Desde
o início, o Criador colocou a sua bênção
sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem
sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino.” (Papa
Francisco, discurso no Consistório Extraordinário sobre a família, 1º de
fevereiro de 2014)
A
Sagrada Escritura nos relata que o demônio após tentar Nosso Senhor se retirou
afim de voltar quando oportuno. Pois bem, o encardido não suporta que o homem e
a mulher tenham sido criados à imagem e semelhança de Deus, por isso combate
aquilo que os une, o casamento.
Vasculhando
o episcopado de Bergoglio percebemos que ele foi militante (nossa que palavra
pesada, rs) da vida, do casamento que está aberto à vida, aquele formado por
homem e mulher. “A Igreja, que está do
lado da vida, ensina que qualquer ato matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida.”
(Catecismo da Igreja Católica, 2366). Quando do projeto de lei que tentava
legalizar as uniões homossexuais foi proposto na terra de los Hermanos (chora Messi!) o Arcebispo de Buenos Aires foi peremptório,
condenado o projeto sem titubear, e ainda sem sequer propor que isto seja única
e exclusivamente um problema religioso, mas sobretudo natural, antropológico.
"Aqui
também está a inveja do Demônio,
através da qual entrou o pecado no mundo, que de modo arteiro pretende destruir a imagem de Deus:
homem e mulher recebe o mandato de crescer, multiplicar-se e dominar a terra. Não sejamos ingênuos, [a união homossexual]
não se trata de uma simples luta política. É uma pretensão destrutiva ao plano
de Deus. Não se trata de um mero projeto legislativo, mas de uma ação do
pai da mentira que pretende confundir e enganar aos filhos de Deus". (Cardeal
Bergoglio, Carta aberta em repúdio à união homossexual enviada aos monastérios
de Buenos Aires, julho de 2010)
Apoiando
o manifesto dos leigos em repúdio ao projeto de lei, relata Bergoglio.
“A
comissão Episcopal de Leigos da CEA, em seu carácter de cidadãos, teve a
iniciativa de realizar uma manifestação diante da possibilidade de sanção da lei de matrimônios para pessoas
do mesmo sexo, reafirmando – junto a necessidade de que os meninos tenham direito
a ter pai e mãe para sua criação e educação. Por meio destas linhas desejo oferecer meu apoio a esta
expressão de responsabilidade do laicato.” (Bergoglio, Carta ao
Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010)
Para
dar um tiro de misericórdia nesse zumbi (a mentira da mídia) que insiste em
perambular pelas redes, Bergoglio diz que o casamento natural é anterior ao
estado e até mesmo à Igreja, ou seja, nenhum dos dois poderes (civil e
religioso) pode alterar o que é desde a criação do mundo.
“A
essência do ser humano tende para a união
do homem e da mulher como realização recíproca, atenção e cuidado, e como o
caminho natural para a procriação.
Isto confere ao matrimônio transcendência social e carácter público. O matrimônio precede ao Estado, é base
da família, célula da sociedade, anterior
a toda a legislação e a Igreja mesma. Daqui que a aprovação do projeto de
lei questão significaria um real e grave retrocesso antropológico.” (Bergoglio,
Carta ao Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010)
Depois
de massacrar a loucura midiática, ele, sem perder tempo, aproveita para demonstrar
a incoerência esquerdistas que querem respeito às diferenças, mas querem uma homogeneização
das mesmas.
Está
aí o que Bergoglio pensa, com uma sutileza “maestral”,
digna de “ratzingeriano”, destroça
dos argumentos dos adversários.
“O
matrimônio (configurado por varão e mulher)
não é o mesmo que a união de duas pessoas do mesmo sexo. Distinguir não é
discriminar, mas respeitar; diferenciar para discernir é valorizar com
propriedade, não discriminar. Em um tempo em que pomos ênfase na riqueza do pluralismo,
diversidade cultural e social, resulta em uma contradição minimizar as diferenças humanas fundamentais. Os
cristãos atuam como servidores da
Verdade e não como seus donos.” (Bergoglio, Carta ao
Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010)
Para
fechar o pacote fale mentira e leve um
massacre Bergoglio diz o que pensa sobre a adoção de crianças por casais
homossexuais.
“Toda
pessoa precisa de um pai masculino e uma mãe feminina que ajudem a criar
sua identidade.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.99)
“Costuma-se
argumentar que uma criança estaria
melhor se criada por um casal de pessoas do mesmo sexo do que em um orfanato ou
instituição. As duas situações não são ideias. O problema é que o Estado
não faz o que tem que fazer. Mas a falta
do Estado não justifica outra falta do Estado.” (Cardeal
Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra,
pag.101)
Não
falta competência aos jornalistas para ir atrás da verdade, o que falta é
honestidade!
Regozija-te
com a Verdade!
Salve Santa Igreja!
Cum Petrus et sub Petrus!
sábado, 4 de outubro de 2014
Paráfrase do Pai-Nosso por São Francisco de Assis
16:58
Unknown
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Da maneira como São Francisco rezava o Pai-Nosso
Para honrar a São Francisco de Assis, cuja festa é comemorada hoje (04/10), publicamos aqui sua Paráfrase da oração que o Senhor Jesus nos ensinou.
1 Santíssimo Pai nosso, nosso Criador, nosso Redentor, nosso Salvador e Consolador!
2 Que estais nos céus: Nos anjos e nos santos, iluminando-os, para que vos conheçam, porque vós, Senhor, sois luz; inflamando-os, para que vos amem, porque vós sois amor; habitando neles e enchendo-os, para que gozem a bem-aventurança, porque vós, Senhor, sois o sumo bem, o bem eterno, donde procede todo o bem, e sem o qual não há bem algum.
3 Santificado seja o vosso nome: Que o conhecimento de vós mais se clarifique em nós, para conhecermos qual a largueza dos vossos benefícios, a grandeza das vossas promessas, a alteza da vossa majestade, e a profundeza dos vossos juízos (Ef 3, 18).
4 Venha a nós o vosso Reino: De modo a reinardes em nós pela graça, e a nos levardes a entrar no vosso Reino, onde a visão de vós é clara, o amor por vós é perfeito, ditosa a vossa companhia e gozaremos de Vós para sempre.
5 Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu: Para vos amarmos de todo o coração (cf. Lc 10, 27), pensando sempre em vós; sempre a vós desejando com todo o nosso espírito; sempre a vós dirigindo todas as nossas intenções, e em tudo procurando a vossa honra; e com todas as veras empregando todas as nossas forças e potências do corpo e da alma ao serviço do vosso amor e de nada mais. E para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos, atraindo todos, quanto possível, ao vosso amor, alegrando-nos dos bens dos outros como dos nossos, e compadecendo-nos dos seus males, e não fazendo a ninguém qualquer ofensa (cf. 2 Cor 6, 3).
6 O pão nosso de cada dia, o vosso dileto Filho nosso Senhor Jesus Cristo, nos dai hoje, para memória, e inteligência e reverência do amor que nos teve, e de quanto por nós disse, fez e suportou.
7 Perdoai-nos as nossas ofensas: Por vossa inefável misericórdia, por virtude da paixão do vosso amado filho Nosso Senhor Jesus Cristo, e pelos méritos e intercessão da bem-aventurada Virgem Maria e de todos os Santos.
8 Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido: E o que não perdoamos plenamente, fazei, Senhor, que plenamente perdoemos, a fim de que, por vosso amor, amemos de verdade os inimigos, e por eles a vós devotamente intercedamos, a ninguém pagando mal com mal (cf. 1Ts 5, 15) e em vós procuremos ser úteis em tudo.
9 E não nos deixeis cair em tentação: oculta ou manifesta, súbita ou renitente.
10 Mas livrai-nos do mal: passado, presente e futuro.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo: assim como era no princípio e agora e sempre, por séculos dos séculos. Amen.
Fonte: Escritos de S. Francisco, pp. 36s. Editorial Franciscana – adaptado.
São Francisco de Assis, rogai por nós!
domingo, 3 de agosto de 2014
A segunda união não é o foco do Sínodo da Família
15:22
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A segunda união não é o
foco do Sínodo da Família
O
instrumento de trabalho publicado pelo Vaticano em preparação ao Sínodo de
outubro próximo sobre a Família nasce das respostas ao questionário estruturado
em oito grupos de perguntas relativas ao matrimônio e à família. As respostas
foram enviadas pelas Conferências Episcopais, pelos Sínodos das Igrejas
Orientais Católicas sui iuris, Dicastérios da Cúria Romana e a União dos
Superiores-Gerais. Chegaram diretamente à Secretaria Geral também respostas de
um número significativo de dioceses, paróquias, movimentos, grupos, associações
eclesiais e realidades familiares, assim como de instituições acadêmicas,
especialistas, fiéis e outras pessoas interessadas em fazer conhecer a própria
reflexão.
Em
relação à crise dos matrimônios, as respostas apontam para a pouca atenção dos
nubentes aos cursos pré-matrimoniais. Em alguns países, onde há uma grande
secularização, constata-se uma crescente distância cultural dos casais em
relação ao ensinamento da Igreja. Cursos pré-matrimoniais particularmente
prolongados nem sempre são bem acolhidos; são sentidos mais como uma proposta
obrigatória do que como uma possibilidade de crescimento, e muitas vezes os
noivos se apresentam no último momento, quando a data já está marcada. A Igreja
reunida no Sínodo deve analisar este e dezenas de outros tópicos. Que não se
pense que na III Assembleia Extraordinária de outubro o tema dos separados e
recasados será o principal. Quem adverte é o Primaz do Brasil, Dom Murilo
Krieger, Cardeal-arcebispo de Salvador, entrevistado pela RV.
Segue abaixo o que disse Dom Murilo Krieger:
Com essa ideia de se olhar para aqueles que estão em uma segunda união “matrimonial” se esqueceu daquele que é o objetivo do Sínodo mesmo, que é a família que passa por uma grande crise. Nos vemos que, além da Igreja, não encontramos outra instituição que esteja lutando para defender a família, ao contrário, ela [a família] é apresentada de forma meio negativa e agora se procura outras uniões, não aquela clássica bíblica com pai e mãe, homem, mulher e filhos.
Assim, temo que as expectativas ficaram um pouco fora do foco, que a primeira ideia do Sínodo deve ser realmente um olhar da Igreja para a família. De que maneira a Igreja pode ajudá-la a viver aquela que é a sua vocação, como dizia o Papa, o Santo Papa São João Paulo II, família, torna-te aquilo que és, aquilo que é próprio da essência da família.
E claro também penso que há essa expectativa de como resolver a situação de quem está em segundas núpcias. Não sei, mas não vejo muita saída fora de uma melhor preparação, penso que essa vai ser uma das conclusões, a melhor preparação de quem se casa. Casar é muito fácil e facilmente as pessoas se casam (...)
O caso de casamentos que não deram certo, talvez o que se poderia fazer seria facilitar os estudos sobre a validade ou não do casamento, e aí talvez nós iremos encontrar muitos casamentos que não se sustentam, em que toda a perspectiva que levaram as pessoas a se casarem já estava falha muitas vezes. Aquela ideia de buscar a si mesmo, na verdade querer ser feliz, não pensar no outro.
Talvez a Igreja vá pensar nisso, porque fora disso não vejo outra perspectiva de resolução, pois afinal [o matrimônio] não é uma instituição da Igreja para que ela possa ter um amplo campo de ação e dizer “vamos para a direita ou vamos para a esquerda”. Tem sempre que olhar para Jesus Cristo, para o Evangelho para ver o que o Evangelho nos diz da palavra de Jesus, o que Jesus espera da família.
Então nesse caso penso que a reflexão sobre a família é muito importante no mundo tão desagregador onde a família pouco se encontra, os filhos muitas vezes começaram a ver só seus direitos e pouco os seus deveres, os pais muitas vezes não tendo consciência da grave responsabilidade de colocar o filho no mundo, penso que tudo isso vai nos obrigar a rever e aprofundar a pastoral da família.
Fonte:
News.Va - adaptado
quinta-feira, 31 de julho de 2014
As excelências do Santo Sacrifício da Missa
17:53
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AS EXCELÊNCIA DO SANTO SACRIFÍCIO
DA MISSA
É
uma verdade incontestável que todas as religiões, que existiram desde o começo
do Mundo, tiveram sempre algum sacrifício como parte essencial do culto devido
a DEUS.
Mas
porque essas religiões eram vãs ou imperfeitas, seus sacrifícios, também, eram
vãos ou imperfeitos. Totalmente vãos eram os sacrifícios do paganismo, e nem acode
ao espírito falar sobre eles.
Quanto
ao dos hebreus, eram imperfeitos. Se bem que professassem, então, a religião
verdadeira, seus sacrifícios eram podres e defeituosos, infirma et egena
elementa, como qualifica São Paulo.
Não
podiam, assim, apagar os pecados nem conferir graça. Só o Sacrifício que temos
em nossa santa religião, que é a Santa Missa, é um sacrifício santo, perfeito,
e, em todo sentido, completo: por ele, cada fiel honra dignamente a DEUS, reconhecendo,
ao mesmo tempo, o próprio nada e o supremo domínio de DEUS. Davi o chama:
Sacrifício de Justiça, sacrificium justitiae; tanto porque contém o
Justo dos justos e o Santo dos santos, ou, melhor a própria Justiça e
Santidade, como porque santifica as almas pela infusão das graças e abundância
dos dons que lhes confere.
PRIMEIRA EXCELÊNCIA
O SACRIFÍCIO DA
SANTA MISSA É O MESMO QUE O SACRIFÍCIO DA CRUZ
A
Santa Missa é um sacrifício tão santo, o mais augusto e excelente de todos, e a
fim de formardes uma ideia adequada de tão grande tesouro, algumas de suas
excelências divinas; pois dize-las todas não é empreendimento a que baste a fraqueza
da minha inteligência.
A
principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve
considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário sobre a Cruz,
com esta única diferença: que o sacrifício da Cruz foi sangrento e só se realizou
uma vez e que nessa única oblação JESUS CRISTO satisfez plenamente por todos os
pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento,
que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído pra nos aplicar
especialmente esta expiação universal que JESUS por nós cumpriu no Calvário, Assim
o SACRIFÍCIO CRUENTO foi o MEIO de nossa REDENÇÃO, e O SACRIFÍCIO INCRUENTO nos
proporciona as GRAÇAS da nossa REDENÇÃO.
Um
abre-nos os tesouros dos méritos de CRISTO Nosso Senhor, o outro no-los dá para
os utilizarmos. Notai, portanto que na Missa não se faz apenas uma representação,
uma simples memória da Paixão e Morte do nosso Salvador; mas num sentido
realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza
novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor
morre por nós misticamente, sem morre na realidade, estando ao mesmo tempo vivo
e como imolado: Vidi agunum stantem tanquan accisum. (Apoc 5, 6)
No
santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mas não é
verdade que Ele nasça, ainda, nesse dia. Nos dias da Ascensão e Pentecostes,
comemoramos a subida do Senhor JESUS ao Céu e a vinda do ESPÍRITO SANTO, sem
que, de modo algum nesses dias o Senhor suba ainda ao Céu, ou o ESPÍRITO SANTO
desça visivelmente à Terra.
A
mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois aí não é
uma simples representação que se faz, mas, sim, o mesmo sacrifício oferecido
sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo
corpo, o mesmo sangue, o mesmo JESUS, que se imola hoje na Santa Missa. Opus
trae Redemptionis exercetur, diz a Santa Igreja.
A
obra de nossa Redenção aí se exerce: sim, exercetur, aí se exerce
atualmente. Este santo sacrifício realiza, opera o que foi feito sobre a Cruz.
Que obra sublime! Ora, dizei-me sinceramente se, quando ides à Igreja para
assistir a Santa Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir à morte do
Redentor, que diria alguém que vos visse ai chegar numa atitude tão pouco
modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostrasse aos pés da Cruz
vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria
censurada! E que se dirá de vós que ides à Santa Missa como se fôsseis a uma
festa mundana?
Que
aconteceria, sobretudo se profanásseis este ato tão santo, com gestos, risadas,
cochichos, encontros sacrílegos? Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniquidade
não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na
proximidade do altar, são pecados que atraem a maldição, de DEUS: Maledictus
qui facit opus Domini fraudulenter (Jer 48,10). Meditai seriamente sobre
esse assunto.
Outras
maravilhas, porém, vou desvendar-vos de tesouro tão precioso.
SEGUNDA EXCELÊNCIA
O SACRIFÍCIO DA
SANTA MISSA TEM POR SACERDOTE O PRÓPRIO JESUS CRISTO
Depois
de dizer que o Sacrifico da Missa é o mesmo Sacrifício da Cruz, e não uma
cópia, era de imaginar que não se poderia encontrar prerrogativa melhor. O que
o torna, entretanto, mais sublime é o fato de ter como sacerdote o próprio Deus
feito homem.
Três
coisas, certamente são para considerar no santo Sacrifício: o Sacerdote que
oferece. A Vítima oferecida e a Majestade divina, a quem se oferece. Ora, três
considerações: o Sacerdote, que oferece, é um Homem-DEUS, JESUS CRISTO: a
vítima é a vida de um DEUS; e não se oferece a outrem senão DEUS. Reanimai,
portanto, a vossa fé, e reconhecei no padre que celebra, a pessoa adorável de
Nosso Senhor JESUS CRISTO. É Ele o principal oferente, não só porque instituiu
este santo Sacrifício, e lhe dá, por seus méritos, a eficácia, mas porque se digna,
em cada Santa Missa e para nosso benefício mudar o pão e o vinho em seu
santíssimo Corpo e preciosíssimo Sangue.
Eis
porque a maior excelência da Santa Missa consiste em ter por Sacerdote um DEUS
feito Homem. E quando virdes o celebrante no altar, sabei que sua maior
dignidade é ser o ministro deste Sacerdote invisível e eterno que é nosso Redentor.
Daí
vem que o Sacrifício não deixa de ser agradável a DEUS, ainda que o padre
celebrante seja um pecador, visto que o principal oferente é CRISTO Nosso
Senhor, e o padre seu simples representante.
Do
mesmo modo, aquele que dá esmola pela mão dum servidor, é verdadeiramente o
principal autor do benefício, e ainda que o servo fosse um celerado, se o
patrão é um justo, a esmola é santa e é meritória.
Bendito
seja DEUS que nos deu um Sacerdote infinitamente santo, a própria Santidade, o
qual oferece ao PAI Eterno este divino Sacrifício, não só em todo lugar, pois
hoje a fé está difundida em toda parte, mas também em todo tempo, todos
os dias e mesmo a toda hora, graças a DEUS, o sol se levanta para outras
regiões, quando pra nós desaparece. A toda hora, portanto em qualquer parte da
Terra, este
Santíssimo
Sacerdote oferece seu Corpo, seu Sangue, todo o Ser ao PAI, por nós, e o faz
tantas vezes quantas Missas se celebram em todo o Universo.
Que
tesouro imenso! Que mina de inestimáveis riquezas possuímos na Igreja de DEUS!
Felizes de nós se pudéssemos assistir devotamente a todas as Santas Missas! Que
capital de méritos amontoaríamos! Que abundância de graças nesta vida, e que
grau de glória na outra nos proporcionará a devota e amorosa assistência a
tantas Santas Missas!
Mas
que digo? Assistência? Os que assistem a Missa à Santa Missa não fazem apenas o
ofício de assistentes, mas também o de celebrantes e pode-se chama-los
sacerdotes: Fecisti nos DEO nostro regnun et sacerdotes (Apoc 5,10). O sacerdote
que oficia é como o ministro público da Igreja inteira, é o mediador de todos
os fiéis, e especialmente daqueles que participam da Santa Missa, junto do
Sacerdote invisível que é JESUS. Com CRISTO, ele oferece ao Eterno PAI, em seu Nome
e em nome de todos, o resgate precioso da Redenção dos homens. Não está, porém,
sozinho nesta santa função. Todos os que assistem a Santa Missa, concorrem com
ele no oferecimento do Sacrifício. Assim, voltado para os fiéis, o sacerdote
diz: Orate, fratres, ut meum ac vestrum sacrificium acceptabile fiat: “Orai,
meus irmãos, para que o meu sacrifício, que é também o vosso, seja agradável a
DEUS”.
Estas
palavras, que o sacerdote profere, é para nos dar a entender que, conquanto
desempenhe ele o papel de ministro principal, todos, que ali assistem, com ele
oferecem a grande Vítima. Quando assistis à Santa Missa, fazeis, portanto, de certo
modo, o ofício de sacerdote.
Que
dizeis agora? Ousaríeis ainda assistir à Santa Missa, sentados, tagarelando,
olhando para um e outro lado, e contentando-vos de recitar, bem ou mal, umas
preces vocais, sem levar em conta o ofício de tanta responsabilidade que exerceis,
o ofício de sacerdote?
Ah!
não posso evitar de exclamar aqui: Ó mundo insensato, que nada compreende de
tão augustos mistérios. Como é possível permanecer ao pé dos altares com o espírito
distraído e o coração dissipado, num momento em que os Anjos e os Santos se
absorvem em admiração e temo à vista de tão maravilhosa obra!
TERCEIRA EXCELÊNCIA
A PALAVRA DE UM
HOMEM OPERA O SACRIFÍCIO.
Admirai-vos,
talvez, de me ouvir dizer que a Missa é uma obra maravilhosa? E não é, com
efeito, inefável maravilha o que opera a palavra de um humilde sacerdote? Que
língua angélica ou humana poderia explicar poder tão excessivo? Quem, jamais,
pode imaginar que a palavra de um homem, que não tem, naturalmente, a força de
levantar da terra uma palha, receberia da graça o poder surpreendente de fazer
descer do Céu o Filho de DEUS?
Aí
está um poder maior que o de transportar montanhas, esgotar o mar e abalar os
céus; poder comparável, de certo modo, àquele primeiro Fiat com que DEUS
fez surgir do nada todas as coisas, e que pode mesmo parecer sobrepujar, em outro
sentido, aquele Fiat pelo qual a Virgem Santíssima atraiu a seu seio o
Verbo Divino.
Papa Bento XVI celebrando a Santa Missa |
A Virgem Maria nada mais fez que fornecer a matéria do corpo de Cristo dela formado, sem dúvida, isto é, de seu puríssimo sangue, mas não por ela nem por sua operação: enquanto que a voz do sacerdote, sendo instrumento de CRISTO no ato da consagração, O reproduz de um modo novo e admirável, quer dizer, sacramentalmente e isto tantas vezes quantas consagra.
O
bem-aventurado João, o Bom, de Mântua, levou um eremita seu companheiro a
compreender esta verdade. Este não conseguia persuadir de que a palavra de um
padre tivesse o poder de mudar a substância do pão, no Corpo de JESUS CRISTO, e
a do vinho em seu Sangue; e, o que é mais deplorável, tinha cedido a essa
tentação diabólica. O servo de DEUS percebeu o erro do companheiro, e,
conduzindo-o a beira de uma fonte, aí encheu de água uma taça e deu-lhe de beber.
Depois
de sorver toda a água, o outro confessou que jamais, em toda a sua vida,
provara um vinho tão delicioso. Então João, o Bom, disse-lhe: “Não vedes o
milagre, meu querido irmão? Se, por meio de um miserável como eu, a água se
mudou em vinho pela onipotência divina, quanto mais deveis crer, por meio das
palavras do sacerdote, que são palavras de DEUS, o pão e o vinho mudam-se no
Corpo e Sangue de JESUS CRISTO? Quem ousaria jamais pôr limites à onipotência
de DEUS?”
Bastou
isso para dissipar o engano do eremita, que, expulsando de seu espírito toda a
dúvida, fez grande penitência por seu pecado. Um pouco de fé, mas de fé viva, e
confessaremos que inúmeras são as prodigiosas prerrogativas contidas neste admirável
Sacrifício.
Aí
veremos, com admiração, renovar-se-á a toda hora este prodígio da sagrada
humanidade de JESUS CRISTO presente em milhares e milhares de lugares, e
gozando, por assim dizer, de uma sorte de imensidade que não possui nenhum
outro corpo, e só a ela reservada em recompensa do sacrifício de sua vida que
Ele fez a DEUS Altíssimo.
Um espírito, falando pela boca de uma pessoa, fez com que um judeu incrédulo compreendesse esta verdade, por meio de uma comparação material e grosseira. O homem achava-se numa praça com muitas pessoas, entre as quais a mulher possessa. Nesse momento passou um padre que levava o Santo Viático a um doente. Todos os presentes se ajoelharam e prestaram homenagem ao Santíssimo Sacramento. Só o judeu ficou imóvel e não deu sinal algum de respeito. Vendo isso, a mulher levantou-se furiosa, arrancou-lhe o chapéu e deu-lhe um vigoroso bofetão, dizendo-lhe.
“Desgraçado,
porque não te prostras diante do verdadeiro DEUS presente neste Divino
Sacramento?” – “Que DEUS?”, replicou o judeu. “Se fosse verdade, a consequência
seria haver muitos deuses, pois, ao celebrarem a Santa Missa ele estaria em
cada um dos vossos altares”. A estas palavras, o espírito, que habitava naquela
mulher, tomou um crivo e opondo-se ao sol, disse ao judeu que olhasse os raios
filtrando-se pelos buracos. Em seguida ajuntou: “Dize-me, judeu, há então
muitos sóis passando pelas aberturas deste crivo, ou um só?” E, à resposta do
judeu de que não havia senão um sol, a mulher replicou.
“Por
que te espantas, então, de que DEUS, feito Homem e feito Sacramento, possa ter,
por um excesso de amor, uma presença real e verdadeira sobre vários altares,
permanecendo, no entanto, uno, indivisível e imutável?” Foi o suficiente para confundir
a incredulidade do judeu, que por esse raciocínio se viu constrangido a
confessar a verdade de nossa Fé.
Ó
santa Fé! Apenas um raio de tua luz, e exclamaremos com fervor: Quem ousaria
estabelecer limites à onipotência de DEUS? Nesta grande concepção que tinha do
poder de DEUS, Santa Teresa dizia, muitas vezes, que quanto mais sublimes eram
os mistérios de nossa fé, e profundos e impenetráveis à nossa inteligência, com
tanto mais força e felicidade neles acreditava, sabendo bem que DEUS
todo-poderoso pode fazer prodígios infinitamente maiores.
Reanimai,
espontaneamente, vossa fé e confessai que este Divino Sacramento é o milagre
dos milagres, a maravilha das maravilhas, e que sua maior excelência consiste
em ultrapassar nossa pobre inteligência. E tomados de admiração dizei e repeti
muitas vezes: Oh! Que grande tesouro! Que imenso tesouro!
Fonte: Livro As excelências da Santa Missa de Leonardo Porto-Maurício - adaptado